Sei que temos vários exemplos na nossa sociedade de pessoas que já poderiam ser consideradas velhas, mas não carregam esse título de forma pejorativa. São pessoas que se libertaram, transcenderam, vivem suas vidas normalmente independente da idade que tem. Infelizmente essa parcela é uma minoria, ainda, e um exemplo dessa minoria é a escritora Lya Luft.
Dia desses vi uma entrevista da Lya no programa da Marília Gabriela, e fiquei encantada com aquela senhora de 72 anos, tão lúcida, com opinões tão atuais, com uma vida tão ativa, acompanhando as mudanças que ocorrem ao seu redor. Comparando com minha mãe, que praticamente está meio inválida, não por doenças degenerativas, mas por estagnar em algum lugar do tempo. A mente não funciona mais, não porque falte condições para isso, simplesmente porque houve uma desistência em acompanhar o mundo e sua evolução. E tantos e tantos velhinhos que estão exatamente na mesma situação, reclamando de tudo, num mundinho pequeno, totalmente voltados para o passado.
Já que envelhecer é inevitável, a não ser que eu morra antes disso, quero muito continuar sempre acompanhando o mundo. Não quero parar no meio do caminho. Não desejo ser uma Suzana Vieira que acha que pode voltar aos 20 anos com plásticas, mas uma Lya, consciente que é possível ter dignidade, respeito e admiração em qualquer idade...
E para fechar, um trecho de um texto da Lya Luft, que só quem chegou na idade que ela está, pensando e agindo como ela, é que pode ter autoridade pra escrever isso, sem que pareça um texto de autoajuda.
"...Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça, seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer."
(Lya Luft)
Dia desses vi uma entrevista da Lya no programa da Marília Gabriela, e fiquei encantada com aquela senhora de 72 anos, tão lúcida, com opinões tão atuais, com uma vida tão ativa, acompanhando as mudanças que ocorrem ao seu redor. Comparando com minha mãe, que praticamente está meio inválida, não por doenças degenerativas, mas por estagnar em algum lugar do tempo. A mente não funciona mais, não porque falte condições para isso, simplesmente porque houve uma desistência em acompanhar o mundo e sua evolução. E tantos e tantos velhinhos que estão exatamente na mesma situação, reclamando de tudo, num mundinho pequeno, totalmente voltados para o passado.
Já que envelhecer é inevitável, a não ser que eu morra antes disso, quero muito continuar sempre acompanhando o mundo. Não quero parar no meio do caminho. Não desejo ser uma Suzana Vieira que acha que pode voltar aos 20 anos com plásticas, mas uma Lya, consciente que é possível ter dignidade, respeito e admiração em qualquer idade...
E para fechar, um trecho de um texto da Lya Luft, que só quem chegou na idade que ela está, pensando e agindo como ela, é que pode ter autoridade pra escrever isso, sem que pareça um texto de autoajuda.
"...Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça, seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer."
(Lya Luft)
19 comentários:
Dama,
Você sempre se supera a cada post. Lya Luft é mesmo um exemplo, uma mulher genial, cheia de vida, de maturidade e vigor. Eu a vejo como um ser humano inquestionavelmente admirável. Maravilhosa.
Lamento por sua mãe ter desistido. Tenho uma amiga muitíssimo querida que desistiu também. Não sei o que fazer para ajudá-la, pois gosto muito dela.
E ela simplesmente estagnou, desistiu, parou. Não sei como explicar, mas parece-me como morrer em vida, e é tão triste. Dá uma sensação tão ruim. De vida se esvaindo, sabe?
Um grande beijo, minha querida. Sei que você me entende, mesmo quando não consigo me explicar direito.
Carla
Dama,
Adorei seu post...
É impressionante como alguém consegue pedir para que tenhamos equilíbrio de uma forma tão clara e simples...
É o tipo de coisa que sabemos no íntimo da alma e que não saberíamos explicar como a Lya o fez.
Beijo!
Ela é um exemplo lindo Dama.
Enquanto essas mulheres vivem se esticando, buscando verdadeiros "meninos" para provar que não envelheceram, ela o faz com dignidade, caráter, lúcida e muito bem atualizada.
Sabe que minha mãe também tem 72 anos e tanta saúde vontade de viver, que chama os outros de idosos. kkkk É muito vibrante, adora sair, viajar e eu aqui estagnada. Socorro!
Bjs no coração!
Nilce
Dama, adoro a Lya Luft...gosto mais dela pela vida como ela leva do que da poesia (não sou muito chegada a poesia.
Acho que o importante de não parar na vida é não se isolar, é se reinventar!
Talvez você saiba, mas enfim... sou mãe, avó, viúva, aposentada e acho que tenho 22 anos e muito tempo ainda pela frente, para aprender e curtir a vida.
bjs
Jussara
Lindas as palavras da Lya,se deixarmos de sonhar apaga-se a última claridade com certeza.
As esperanças são o que nos mantém vivos e se elas se forem com elas vão aos poucos o sopro de vida.
Muito bom o teu post e sei o quanto é difícil conviver com pessoas que já desistiram de tudo, por mais que vc tente não consegue fazê-las pensar de outra forma
Quem sabe e talvez se ao menos elas resolvessem estudar um pouco mais a espiritualidade, saber o porque de estarmos aqui e o dever de cada um...
Mesmo que elas tenham desistido quem sabe se a gente não desistir ainda possamos fazer algo, ou então... deixar a vida seguir seu curso
Beijos e um fim de semana abençoado pra ti!
Dama,
Eu assisti essa bela entrevista ainda hoje na GNT. Sensacional!
Que mulher forte, a frente, lúcida...
"É assim, o tempo: devora tudo pelas beiradinhas, roendo, corroendo, recortando e consumindo. E nada nem ninguém lhe escapará, a não ser que faça dele seu bicho de estimação" (O ponto cego, 1999)
Um beijo,
Parabéns pelo post! realmente é triste ver nossos avôs e avós se trancando nas suas casas e "ignorando" a passagem do tempo! Vo admitir que achei que ela tinha uns 50 e poucos anos, no máximo, esquecendo-se a aparencia e julgando apenas a visão de mundo e lucidez.
Então, Dama,
Retornei... Para lhe dizer que há um selo pra você lá no PBI. Sei que já o recebeu, mas que é que eu vou fazer? "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
Prêmio Dardos.
Grande beijo
Carla
Lya Luft é um lindo exemplo de inteligencia, criatividade e ternura.
Sou fã!!
Beijoss
Não a conhecia muito, mas esse texto perfeito já me fez ser um admirador da Lya Luft.
Nada contra quem resolve cuidar do corpo na 3ª idade, desde que seja com um mínimo de juízo e pés no chão, tudo o que a Susana Vieira não tem...
E sobre cuidar da mente: é o ideal! Sim, as coisas mudam, os tempos mudam, as pessoas mudam e não adianta ficar se lamentando sobre o que ja foi e sobre como ja foi. Não é uma forma de aceitação complacente, mas sim de adaptação aos fatos e mudanças na nossa vida.
Bjão, Dama!
Dama,
Ela é realmente um exemplo a ser seguido!
Eu não diria apenas que ela envelheceu...ela amadureceu!
E com bastante sabedoria!
Beijo!
Um detalhe interessante é que ela começou a publicar livros com mais de 40 anos!!
Desejo que a natureza me dê essa benção também, ela é maravilhosa!!
Beijos!!
Admiro Lya Luft.
Parabéns pela homenagem !
Vi a entrevista. Bebi as palavras da escritora.
O texto é simples mas de uma verdade absoluta e profunda.
Grande beijo !
Olá, Dama!
Gostei do post. Vou procurar a entrevista da Lya Luft no programa da Marília Gabriela no youtube.
PS: Adorei o novo visual deste blog! Muito legal ;)
Bjos
Dama, Saber envelhecer... Não sei se eu sei... Aprendizado.
abs,
Pedro
Dama, outro dia dei sorte de manhã na CBN porque a convidada era ela para falar sobre o apedrejamento da iraniana!
Ela é linda mesmo.
Ela é leve...é Luft.
Gosto muito.
Que delícia de post, e mensagem.
Essa é a leveza que busco.
Beijos e aqui está simplesmente lindo!
Essa mulher é um exemplo de vida! Cuidar da mente e do corpo, um equilibrio é o ideal para chegar la tinindo.
Graças a Deus tenho uma mae de 71 anos como exemplo da maravilha do que pode ser a idade chegando, fisicamente e epiritualmente...so faltava um maridao pra ela..rs.
Bjs.
Seu texto sobre Lya Luft é maravilhoso.Essa mulher é um grande exemplo .Adoro.
E tem mais,acho-a de uma simplicidade genial.
E seu Blog ficou lindo.
Parabéns para você e para Elaine.
Teca
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